Tenho 30 anos e sou profissional de golfe ha 4. Quando comecei a jogar golfe não existia transmissão de televisão do PGA Tour para o Brasil. Os grandes jogadores que víamos jogar eram os profissionais brasileiros e, somente no Aberto do Brasil, víamos alguns estrangeiros.
Meus ídolos eram brasileiros e o respeito por eles era enorme. Com certeza essa admiração me influenciou na decisão de virar profissional. Lembro do tempo que todos os amadores paravam tudo para assistir ao Luis Carlos Pinto jogar uma volta de treino no Itanhangá ou quando o Acácio Jorge Pedro vinha ao clube para jogar um torneio. Era um sonho.
Pois é, nos últimos 3 anos venho jogando torneios profissionais e vejo que aqueles ídolos do meu passado estão jogando hoje na categoria Sênior. Em função do meu jogo, não tive mais a chance de assistir ao jogo deles até que este ano fui jogar a etapa do Mini Tour de Profissionais de Golfe em Teresópolis e para minha grata surpresa, tanto Luis Carlos como Jorge Pedro também estavam lá.
Logo no primeiro dia fui presenteado com a noticia de que jogaria no mesmo grupo que Luis Carlos, o que já seria uma realização, mas, no segundo dia, por uma feliz coincidência de resultados, tive a chance de realizar um sonho da minha juventude: JOGAR 18 BURACOS AO LADO DE LUIS CARLOS PINTO E ACÁCIO JORGE PEDRO COMPETINDO!
Tive a sorte de ver de perto o Luis dar uma tacada com ferro, quem já viu sabe do que estou falando, uma aula sobre o contato do taco com a bola sem precisar falar uma palavra. E o Jorge com os wedges na mão! Ele faz o que quer com a bola. Caiu em cinco bancas e em todas quase embocou na saída, segundo ele: estava sem sorte!
Uma pena que poucas pessoas tenham tido uma oportunidade rara de aprender sobre como se joga golfe como a que eu tive, até mesmo depois de ter virado profissional. Outra tristeza é saber que muitos golfistas hoje não sabem a importância que estes jogadores tem na historia do nosso golfe assim como outros grandes do passado.
Antonio Lins
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